quarta-feira, 5 de março de 2014

Regras Básicas de Set up e obtenção de um bom Perfil



O bom funcionamento de seu equipamento vai depender fundamentalmente de sua preparação (Set up) e cuidados especiais em sua operação.
A Perfamil adota em seus equipamentos como rotina, fabricar lote experimental quando testamos o equipamento em suas primeiras cem horas de trabalho. Durante a fabricação do lote experimental a fábrica oferece aos seus clientes Treinamento dirigido (Para dois Operadores por Máquina) que os habilitará a operar os novos equipamentos de forma mais eficaz;
Primeiramente devemos entender que o processo de perfilação é conformação mecânica por meio de Perfilação Progressiva. Portanto, seu equipamento foi projetado e construído com aplicativos de regras e normas técnicas que garantem a produção de perfis com qualidade e produtividade.
Perfilação é um processo mecânico que requer rigorosas regras de conformação e exige precisão construtiva e algumas precauções. Assim, não se aceita que o perfil de uma mesma bobina tenha variações de conformação sem que estas estejam totalmente sob absoluto comando do operador.

Lembramos que o processo de perfilação foi iniciado na produção automotiva há mais de 70 anos, portando é um processo consolidado com indiscutível precisão e produtividade. Além disso, se o processo de perfilação não garantisse constância, certamente não seria aplicável no segmento automotivo frente às rigorosas exigências do segmento.

Se o seu processo não tiver constância de conformação as correções não devem ser resolvidas com improvisações de correção entre o último castelo e o corte do perfil com improvisações de escoras e calços . Devem sim serem resolvidas antes da cabeça turca. Se acontecer variações, certamente estará diante de algumas das seguintes causas nas etapas predecessoras:
1. Inconstância na Qualidade:
1.2  Desbobinador com freio desregulado;
1.3   O acúmulo de limalhas e carepas é sinal de laminação, atritos indevidos;
1.4  Folgas Radiais excessivas nos rolos conformadores;
1.5  Folgas Axiais excessivas nos rolos conformadores;
1.6  Excentricidade dos roletes e ou eixo tracionador;
1.7  Desalinhamento dos rolos conformadores;
1.8  Falta de Lubrificação;
1.9  Falta de ajuste de folgas entre rolos Superiores e Inferiores;
1.10 Deslocamento de geometria (encaixe com mesma luz) das figuras do rolo superior e inferior;
1.11 Dureza excessiva na Chapa;
1.12 Variação na espessura da Chapa;
1.13 Variação na largura da Chapa;

2. Variação na qualidade da chapa:
2.1 O material deve ter certificado de procedência sob pena de colocar em risco a produtividade e qualidade do perfil. É muito comum economias em materiais sem certificado de origem serem convertidas em perdas de produtividade, desgastes prematuro dos rolos conformadores e má qualidade do perfil.
2.2 O descontrole da Matéria Prima gera verdadeiros conflitos no processo, set up fora de controle, variabilidade dimensional e deformações do perfil, exigindo muitas vezes um operador extra para monitorar o descontrole.
Lembre-se, uma boa e eficaz Lubrificação é fundamental, além de atenuar o atrito no processo de conformação prolonga o tempo de vida do equipamento e do ferramental.
3. Desbobinador:
3.1  Medir o diâmetro interno da bobina a ser utilizada;
3.2 Ajustar o conjunto expansivo com aproximadamente 20 mm a menos que o diâmetro interno da bobina;
3.3  Remover as Aletas externas do cj expansivo do desbobinador;
3.4 Posicionar a bobina no dispositivo expansivo e não baixar o peso da bobina sobre o eixo sem que  o braço de apoio esteja na posição vertical;
3.5 Posicionar o braço de apoio na vertical sob o eixo do desbobinador;
3.6 Arriar o peso integral da bobina soltando os cabos de içamento e gancho da talha;
3.7 Alinhar do desbobinador em relação a mesa de entrada da chapa;
3.8 Ajustar o Breack (Freio)  para formar o Looping e evitar o acúmulo de MP causado pela inércia do giro do desbobinador
3.9 A chapa não deve ficar tensionada. Ou seja, a força de tração da máquina é capaz de arrastar o desbobinador, desalinhar  e ou até  tombar o desbobinador, se estes não estiverem chumbados ou sobre vibra stop;
3.10 O desbobinador deve formar o Looping  para que máquina tracione a chapa livre e tenha uma perfilação suave,  silenciosa e resulte  um bom produto final;
3.11 Nota: O aperto excessivo do freio gera tensão na chapa e causa variabilidade dos rolos conformadores em cada etapa do perfil e anula parte das funções da cabeça turca;
3.12 A má regulagem do freio poderá ser responsável por grande parte da variação do perfil e poderá mascarar o  
       diagnóstico do defeito perfil;
 
4. Mesa de Entrada:
4.1 A função básica da mesa de entrada é permitir um guia perfeito de entrada no centro do primeiro rolo de conformação e a chapa deve deslizar sem atrito;
4.2 O ajuste das réguas deve ser simétrico  e convergente para o centro do centro operacional da Máquina.
4.3  Em hipótese alguma deve juntar resíduos de chapa por laminação, isto é sintomático;
4.4 Cada bobina deve ser conferida na medida de largura e espessura  e ajustar a mesa à nova situação;

5. Rolos de Conformação:
5.1 Verificar folgas Radial e Axial;
5.2 Verificar alinhamento dos rolos observando que todos os rolos estejam no mesmo centro operacional da máquina;
5.3  Medir folgas dos Rolos Superiores em relação aos Inferiores com pente de folga;
5.4 Contra Apertar (travar) a regulagem de folgas no parafuso superior dos castelos ou Volante;
5.5 Introduzir a chapa no primeiro castelo com pequenos toques na chave;
5.6 Acompanhar o comportamento da chapa do primeiro ao último castelo em baixa velocidade até chegar na  Cabeça Turca;
5.7 Para evitar colisão, aconselha-se parar a Máquina há 2 mm da entrada na Cabeça Turca e conduzir a entrada na núcleo ;
5.8 Variação na espessura da chapa requer regulagem em todo o processo;
Nota Importante: Nas máquinas dedicadas a um único perfil, o ajuste dos rolos é obtido por excentricidade do eixo do mancal superior. Neste caso recomendamos que o ajuste seja feito com o uso das mãos no centro do manípulo que unem as partes superiores do mancal;
5.9 Tentativas de ajuste com uso de martelo a pessoa perde a noção de ajuste e acaba estourando rolamento;
5.10 O ajuste individual e opostos poderão gerar quebra de rolamento pelo fato do mancais ficarem fora da concentricidade;

6. Cabeça Turca:
6.1 Observe que a cabeça Turca esteja rigorosamente alinhada e esquadrejada de forma a não causar quaisquer deformações no perfil. Ou seja, o perfil  deverá passar livremente pela Cabeça Turca;
6.2 Experimentar as funções de regulagem de giro do dispositivo para correções de Torções do perfil;
6.3 Experimentar as funções de regulagem de planicidade do perfil e sentido da Flecha;
Nota: A Cabeça turca não tem função conformadora, serve para pequenas calibrações do perfil, correção de torção da barra ou excessiva flecha do perfil e ajuste fino. Isto pode ser conferido no comportamento do perfil na mesa de saída antes do corte da barra; Ou seja, o perfil sobre a mesa de saída deve ter uma trajetória em linha reta, sem torção e ou outras deformações;

Ferramenta de Corte:
6.4 Verificar o nível do óleo na unidade hidráulica;
6.5 Verificar o duto de queda das aparas para que não acumule na ferramenta e cause colisão no processo;
6.6 É fundamental que a ferramenta esteja alinhada e esquadrejada com a máquina, orifício de entrada do perfil alinhado em todo perímetro com a perfil;
6.7 Passar o perfil pela ranhura da cabeça turca e parar  a máquina há 2 mm da face da faca da ferramenta de corte;
6.8 Ajustar a altura da ferramenta e centragem lateral do orifício central do conjunto de forma que o perfil passe livremente;
6.9 Centrar a ferramenta da faca de corte de forma que divida a folga na figura da ferramenta e execute o primeiro corte manualmente;
6.10 Observe o corte se houve deformação do perfil;
6.11 Regule o comprimento necessário da barra;
6.12 Ligue a Máquina no Automático;
6.13 Verifique a planicidade do perfil em todos os sentidos e influencie suas correções na cabeça turca;

7. Mão de Obra:
Aconselhamos aos usuários que coloque pessoas na operação da máquina que tenham no mínimo noções básicas de mecânica com formação técnica em nível de SENAI. Isso traduzirá em conservação da máquina e ferramental e sobretudo ganhos
na produtividade.
Nossa história nos mostrou que os usuários que fizeram uso correto de seus equipamentos tiveram mais de 10 anos com nossos equipamentos em uso sem registro algum de intercorrências de manutenção.

2 comentários:

  1. muito esclarecedor esta sua matéria sobre o manuseio de uma maquina perfiladeira.
    estou querendo comprar uma perfiladeira para produzir perfil cartola para telhados de aço.ja encontrei de tudo no mercado com preços de 10.000 a 230.000.
    eu não tenho recurso ne de perto para o segundo valor rrss,por isso queria uma ideia de uma maquina bem simples de uma produção pequena,poderia me passar um valor de uma maquina assim

    ResponderExcluir
  2. Entre em contato conosco via E mail perfamil.tp@gmail.com .Certamente teremos algum caminho que venha em encontro às suas necessidades!

    ResponderExcluir